Retomada da hotelaria: regras da flexibilização da sua propriedade que requerem atenção

Retomada da hotelaria: regras da flexibilização da sua propriedade que requerem atenção

Dentro de todo o estrago causado pelo novo Coronavírus, não há dúvidas de que o setor da hospitalidade foi um dos mais impactados, não apenas economicamente, mas também porque para que aconteça a retomada da hotelaria, o setor precisará se adaptar a uma nova realidade. 

O hóspede, que antes buscava um lugar para se sentir feliz e acolhido, agora também busca estar seguro. E para se pensar em uma retomada, é necessário pensar em entender e adaptar-se aos novos hábitos de consumo dos usuários, com segurança.

Muitos dos estudos sobre o novo coronavírus ainda estão em andamento e nem todos os protocolos de higiene e segurança foram confirmados e/ou declarados pelo Ministério da Saúde. Acompanhar diariamente as atualizações é de extrema importância.

Por isso, trazemos hoje algumas dicas divulgadas pelo SEBRAE para a flexibilização da quarentena, para auxiliar na retomada da hotelaria. Confira:

Atenção às premissas estaduais e municipais

Na retomada da hotelaria, é fundamental levar em consideração as decisões da autoridade pública local que regulamentam a reabertura em cada estado, região e município. Caso existam divergências entre os dispositivos municipais e estaduais, opte por seguir a orientação do governo estadual. Caso haja omissões ou imprecisões nas regras editadas para o território em que seu negócio atue, opte por seguir a regra mais rigorosa. 

Para a reabertura dos negócios, deverão ser consideradas TODAS as orientações:

  • Dos protocolos estaduais. 
  • Das portarias das secretarias estaduais sobre as questões específicas de sua atividade econômica, sobretudo das secretarias estaduais de Saúde.
  • Dos atos (decretos, portarias, etc.) das autoridades municipais competentes que tratem de assuntos pertinentes à sua atividade econômica, inclusive aqueles editados anteriormente à calamidade pública de COVID-19.
  • Das regras previstas por instituições oficiais, naquilo que não contrariem os protocolos estaduais (ANVISA, ABNT, OMS, entre outros). 

Atenção aos protocolos de segurança sanitária

O Covid-19 é uma doença que, além de ter um alto poder de contágio, conta com um grande número de pessoas assintomáticas, que podem estar transmitindo silenciosamente o vírus sem apresentar sintomas. Por esse motivo, não basta somente fazer uma busca ativa pelos infectados; manter controles rigorosos de higiene é fundamental nessa retomada da hotelaria. 

Se um hóspede apresentar sintomas da Covid-19, ele deve ser encaminhado para uma unidade básica de saúde ou hospital de referência. Se tiver dúvidas, ligue para o Disque Saúde 136 do Ministério da Saúde, ou para as instituições de saúde locais.

Caso algum hóspede seja diagnosticado com a covid-19 e precise ficar em quarentena no meio de hospedagem, todo cuidado deve ser feito para garantir a segurança dos outros hóspedes e colaboradores. 

Deixe todo o seu quadro de colaboradores bem informados de todos os procedimentos

Atenção específica às instalações

A transmissão do novo coronavírus pode ocorrer pela contaminação de superfícies e ele tem a capacidade de permanecer por muitas horas em todo o ambiente. Portanto, manter ambiente, equipamentos e utensílios higienizados é imprescindível.

Os hostels que estão dispostos a apostar na reabertura devem adotar protocolos de higienização detalhados, que devem ser passados aos colaboradores e seguidos à risca, para a segurança de todos os envolvidos.

Para a desinfecção em geral, recomenda-se principalmente o álcool 70% ou a água sanitária, em proporção de 20ml de água sanitária para cada litro de água. Essa solução pode ser utilizada diretamente sobre as superfícies, pisos paredes, mobiliários e ambientes em geral. É uma solução barata e eficaz.

Procedimentos a serem adotados na entrada, recepção e demais pontos de contato na retomada da hotelaria:

Entrada:

  • Organize uma área de chegada e disponibilize álcool em gel para higienização das mãos e medidas para higienização das solas do sapato como tapete com desinfetante.
  •  Exija o uso de máscaras para entrar no meio de hospedagem. Convém que o empreendimento disponibilize máscaras extras.
  • Na entrada do estabelecimento deverá ser fornecido tapete umidificado com hipoclorito de sódio, cuja limpeza dos pés é obrigatória para adentrar ao estabelecimento.
  • Evite o uso de maçanetas removendo portas não essenciais, deixando-as permanentemente abertas ou fazendo ajuste de portas com sensores para abertura automática.
  • Tenha placas de sinalização com orientações de como proceder a lavagem das mãos e tenha cartazes promovendo a higiene respiratória.  
  • Se possível, considere reduzir o número de entradas, para um melhor controle. Se a estrutura e o fluxo permitir, pode-se considerar ter uma entrada e uma saída diferentes.

Áreas comuns

  • Remova temporariamente jornais, revistas e livros do lobby para evitar infecções cruzadas.  
  • Altere os móveis e layout das áreas de convivência para facilitar o distanciamento social e eliminar pontos de contato desnecessários.  
  • Caso o meio de hospedagem faça questão do serviço de café, água, chá e etc, pode optar por manter um profissional para que possa servir estes itens aos hóspedes diante da demanda do cliente. 
  • Certifique-se de que funcionários, contratados e hóspedes tenham acesso a locais onde possam lavar as mãos com água e sabão.
  • Diminua a capacidade de público do estabelecimento, de modo que seja possível minimizar o contato.
  • Promova o distanciamento de 1,5m entre pessoas nas filas na entrada (check-in) ou na saída (check-out). Dica: utilize adesivos no chão para demarcação da distância mínima.

Recepção

  • Priorize processos de check-in e check-out on line ou crie formas para que estes processos sejam breves e evitem o contato entre hóspedes e funcionários da equipe de recepção.
  • Tenha cartazes ou outros meios de comunicação com os procedimentos disponíveis para os hóspedes e colaboradores.
  • Priorize o atendimento a idosos, hipertensos, diabéticos, gestantes e todos que se apresentarem como grupo de risco.
  • Utilize viseiras individuais de acetato (tipo face shield) pelos funcionários.
  • Disponibilize dispensers com álcool gel 70% para uso dos hóspedes na recepção e outros para o uso dos recepcionistas.
  • Aparelhos de telefone, mouses e teclados devem ser usados exclusivamente por um único funcionário, e devem ser desinfetados no início e ao fim de seu turno, no mínimo. Para facilitar a desinfecção, teclados de computadores e telefones podem ser cobertos com filme plástico, e trocados sempre que apresentarem qualquer ruptura ou defeito que dificulte a higiene.
  • Aferir a temperatura do hóspede no momento do check in.
  • Desinfecção das chaves de acesso aos quartos
  • Outros materiais de escritório de uso comum, como grampeadores, canetas, etc, devem ser separados e cada funcionário deve fazer o uso de seu próprio kit.

Manuseio de materiais do hóspede

Carregar a bagagem do hóspede não é uma prática comum em hostels e pousadas de pequeno porte. Mas muitos colaboradores, por cortesia e educação, se oferecem para ajudar com os objetos pessoais, quando vêem a necessidade.

Na retomada da hotelaria, deve-se evitar o manuseio de qualquer objeto dos hóspedes. Se for estritamente necessário, deve-se sempre tomar os devidos cuidados, utilizando álcool gel antes e depois de manusear os objetos.

Cuidados no bar e no restaurante

Para os meios de hospedagem que possuem bar e restaurante, alguns cuidados devem ser tomados para essa retomada:

  • Rever a disposição dos móveis, de forma que atenda às diretrizes de distanciamento social e permita espaçamento adequado entre mesas e cadeiras. O espaçamento entre mesas deve ser de 1,5 metros ou de acordo com o que foi determinado pela legislação local.
  • Fazer a higiene de tampos de balcão do bar e mesas, encostos e braços de cadeiras, utensílios usados para servir as bebidas (bandejas e baldes de gelo, por exemplo), interruptores de luzes, louças em geral, cardápios e frascos de temperos sempre após utilização. 
  • Remover condimentos (dê preferência para sachês individualizados), enfeites, guardanapos ou qualquer item das mesas que possa ser tocado por mais de um cliente.
  • Desinfetar cardápios entre clientes.
  • Desinfetar o tampo das mesas e os puxadores das cadeiras na saída de cada cliente
  • Incentivar pagamentos em cartões ou outras formas que não utilizem o dinheiro em espécie.
  • Desinfetar com álcool 70% as maquininhas de pagamento – para facilitar a desinfecção, envolver as mesmas em filme plástico. Outra dica: entregar a maquininha ao cliente, assim o caixa não tem contato com os cartões.

Cuidados com banheiros de uso comum

  • Manter as pias abastecidas com as facilidades para a higiene de mãos (sabão líquido, papel toalha, lixeira com tampa sem acionamento manual).  
  • Fixar procedimento de higiene de mãos próximo às pias. 
  • Disponibilizar dispenser com álcool gel 70% na saída dos banheiros, na parte externa. 
  • Aumentar a frequência de higiene dos banheiros, dando especial atenção à desinfecção de: maçanetas, dispensers de papel-toalha, sabão líquido, álcool gel, fraldário, alavanca ou acionadores de descargas de vaso sanitários/mictórios e interruptores.  
  • Higienizar os banheiros antes da abertura, após o fechamento e, no mínimo, a cada três horas. 
  • Disponibilizar nos banheiros toalhas de papel descartável para enxugar as mãos.

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