Hostel Vivacre: a história de Teresa, que levou a cultura hosteleira para um destino exótico

HOSTEL VIVACRE, EM RIO BRANCO, ACRE
Conheça o hostel Vivacre, e a história de Teresa, que levou a cultura hosteleira para um destino exótico
LEVANDO A CULTURA HOSTELEIRA PARA O ACRE
O Acre não só existe como é exemplo de hospitalidade e empreendedorismo.
Hoje trazemos a história de Teresa, que morou na Europa por 18 anos e conheceu o conceito de hostel. Na Inglaterra foi onde se interessou pela primeira vez pelo tipo de estabelecimento, descontraído, interessante e que possibilitava conhecer pessoas de todo lugar do mundo.
Em fevereiro de 2017, Teresa, que se formou em Ciências do Turismo na cidade de Estocolmo, na Suécia, abriu pela primeira vez as portas do Hostel Vivacre.
“Por trabalhar com turismo no estado do Acre, em Rio Branco, logo percebemos que os turistas não queriam pagar para estar em hotel, estavam usando o Airbnb, tínhamos muitos quartos vazios no prédio onde tínhamos a agência de turismo, daí para complementar resolvi abrir o primeiro hostel no Acre. Nunca tinha trabalhado no setor hoteleiro, somente na minha juventude ao 18 anos trabalhei no hotel Villa Rica em Rondônia, não sabia nada sobre hospedagem. Porém, com a minha experiência de vida, parece que tudo foi se encaixando”, conta Teresa.
Relembra que quando iniciaram, tiveram que pesquisar um pouco sobre hostels no Brasil e regras de convivência, sobre o formato de hostel em geral. Fizeram uma investigação de mercado antes e como o investimento era próprio, queriam algo simples, aconchegante e com qualidade, voltado para a região amazônica.
“Nosso primeiro hóspede veio em abril, um australiano, depois disso foi caindo mais hóspedes. Graças aos concursos tivemos um ano bom. Erramos e aprendemos muito, e acho que estamos sempre aprendendo.”
O hostel fica localizado em uma casa de 310m, em frente ao Rio Acre, numa área histórica de Rio Branco, que foi o distrito onde a cidade se formou.
ACRE, A PRINCESINHA DA AMAZÔNIA
O Acre é considerado a “princesinha da Amazônia”. Lá, convivem 16 etnias, está localizado a 800 km do Peru e a 200 km da Bolívia, sendo um lugar multicultural. No Acre nasceu o Santo Daime do Mestre Irineu, o turismo espiritual e a experiência com ayawaska, que atrai muitos turistas que já estiveram em contato com o Chá. A Capital Acreana tem muita história, desde Galves a Chico Mendes.
Muito procurado pelos mochileiros, concurseiros e estrangeiros que vêm para uma vivência nas aldeias indígenas ou Santo Daime, o Hostel Vivacre também conta com uma agência de turismo especializada em tours diferenciados.
A agência de turismo, referência no Acre, trabalha com city tour em Rio Branco, mostrando a história da revolução Acreana, experimentando a famosa “baixaria”, um prato típico Acreano.
Também fazem vivências indígenas, visitação ao pontos turísticos da cidade, casa de Chico Mendes em Xapuri, Seringal, Cachoeira onde se conta a história dos seringais e também a oportunidade de conhecer a floresta guiada pelo primo de Chico Mendes, na caminhada da Poronga, onde saem na madrugada pela floresta, com a lamparina na cabeça, para colher a seringa como faziam os seringalista em 1900 .
Há também os festivais indígenas por 5 dias, onde os hóspedes poderão estar na floresta vivenciando a vida junto aos povos Yawanawa, Huni Kuin, Puyanawa, festejando e se curando com as medicinas da floresta Rapé, Sananga, a vacina do sapo Kambo e cerimônia ayawaska.
“Somos daimistas, levamos os turista a conhecer a doutrina do Santo Daime nas igrejas fundadas aqui no estado”, conta Teresa.
A CULTURA AYWASKEIRA VERSUS A CULTURA HOSTELEIRA
Rio Branco é considerada a capital espiritual da Aywaska, e lá acontece a Conferência Mundial da Aywaska, trazendo muitos adeptos.
Teresa conta que hoje possuem clientes de todo lugar do mundo que voltam sempre e gostam do seu espaço, a maioria estrangeiros que visitam o local para a cultura ayawaskeira, vão às aldeias e igreja de Daime. “Hoje consagramos ayawaska, somos ayawaskeiros, fazemos parte de uma doutrina no Santo Daime Igreja Barquinha e como se falam, temos a mesma linguagem com nossos hóspedes”.
Mas esse não é o único diferencial do Hostel Vivacre. “Imagino que o nosso diferencial é por ser um Hostel onde estamos diretamente corpo a corpo com o cliente, escutamos suas necessidades, porque vieram ao Acre e o que desejam fazer. Oferecemos um serviço de alfaiataria, sabemos o que tem no estado, conhecemos muito sobre a região e temos uma rede de contatos muito grande, desde táxi para o Peru a contato de caciques para visitação das aldeias”, conta Teresa.
Além disso, no hostel o staff fala inglês, espanhol e sueco, um diferencial e tanto!
“Nosso público é vegetariano e não tomam bebidas alcoólicas, aqui no hostel oferecemos rodada de rapé e cantorias indígenas”.
Mesmo em um destino tão exótico, Teresa percebe que a palavra hostel está sendo mais usada em lugar de albergue, e acredita que isso tira um preconceito. “A sociedade está mudando de hábitos e por estar numa correria atrás do sucesso, eles acabam descobrindo que num hostel é possível socializar, encontrar pessoas de diferentes países e fazer novas amizades.”
Conta que agora serão o primeiro hostel HI no estado, e estão trabalhando muito para obter mais reservas diretas. Investem em uma boa estratégia de marketing e estão sempre em todos as páginas possíveis, fazendo campanhas no Instagram, site, Facebook, Otas, Google Mybussines, e parcerias com universidades e empresas, trazendo cada vez mais reservas diretas.
HQBEDS PRESENTE NO ACRE
Se o Acre existe, é claro que a hqbeds está lá!
Teresa já utilizou vários sistemas de gestão antes de migrar para o hq. Utilizou o Frontdesk, Cloudbeds, e na Equipotel deste ano, conheceu o sistema hqbeds e não hesitou: contratou a mudança mesmo antes de retornar para casa.
“Estamos sempre tentando fidelizar e encontrar uma empresa que sabemos que vai dar certo. E vimos esse potencial na hqbeds. Acho que preço, simplicidade do sistema e serviço de atendimento é muito importante para quem ainda é pequeno no mercado, porém quer sair das folhas de excel. Esperamos crescer juntos com o sistema, sair de um ponto que preenche nossas necessidades e escalar. Sabemos que o hqbeds tem muito mais para todos os tipos de hostel, do pequeno ao grande”, finaliza Teresa.
O MOCHILÃO DA HQ CONTINUA!
Vamos trazer histórias reais de donos e donas de hostel do Brasil inteiro para descobrir o que aprenderam, como evoluíram e a paixão de cada um pela vida de hosteleiro.
Você já leu a história de Raquel, que transformou a paixão pelo chocolate no hostel Chocolatchê?
Até a próxima!