Green Haven Hostel, das planilhas old school à tecnologia de gestão hoteleira

GREEN HAVEN HOSTEL
UM HOSTEL PREMIADO QUE TROCOU O OLD SCHOOL PELO HQBEDS
DO RUGBY AO HOSTEL
Vinícius, que era jogador de rugby, começou a frequentar hostels aos 17 anos. Naquela época, o rugby no Brasil era completamente amador e as seleções ou clubes não tinham grana suficiente para bancar hotéis para os jogadores, e ele e sua equipe ficavam hospedados em hostels.
Em 2010, ele estava muito insatisfeito com a vida profissional que levada, bolso feliz, mas mente e coração tristes. “Só tinha uma coisa que realmente me deixava feliz, que era o rugby, aí decidi tentar procurar um novo caminho na vida utilizando-me do Rugby.”
Em 2011, Vinícius recebeu uma proposta de um clube em Malta para jogar em um nível melhor por 2 anos e viu a possibilidade de aprender inglês e tentar se encontrar profissionalmente. O dinheiro que recebia com o rugby não era suficiente, e ele começou a trabalhar em uma operadora de Turismo.
O trabalho era legal, mas a grana não era muito boa. Até que um dia, conheceu o dono do principal hostel de Malta, e ele estava precisando de um “manager” novo, porque o dele iria sair em um mês.
“Recebi um convite para ser seu “manager” mesmo sem nenhuma experiência, aí perguntei para o dono do Hostel: Por que que você quer que eu seja seu gerente se eu nem inglês sei falar? Ele me respondeu: Vini, a sua maior qualidade é o modo como você trata as pessoas, o inglês você vai aprendendo, nós precisamos melhorar nossa nota e tenho certeza que você irá me ajudar a manter nossos prêmios.”
Aceitou o desafio e conta que teve dois professores sensacionais: o ex gerente, que ensinou como trabalhar com as OTAs, e o dono do Hostel, que ensinou todos os segredos para conseguir bons reviews.
“Trabalhei nesse Hostel por dois anos, ganhamos muitos prêmios das OTAs, principalmente do Hostelworld, e pude ver e aprender como um país com 400 mill habitantes explora o turismo com maestria (curiosidade: durante os meses do verão Malta recebe cerca de 2 milhões de turistas), depois disso voltei ao Brasil para embarcar em uma aventura de montar meu próprio hostel, em uma cidade linda, talvez uma das mais lindas do Brasil, mas que não tem ideia de como explorar o Turismo.”
PALAVRA DE ORDEM: AMOR
Vinícius voltou ao Brasil e abriu o hostel Green Haven, em Ubatuba, mais precisamente em Perequê-açú.
Conta que no início teve as mesmas dificuldades que todos os donos de hostel enfrentam no Brasil: impostos e preços altos sempre sem apoio nenhum do poder público.
Mas isso não impediu ele de construir um hostel super premiado.
“A ideia principal no Green Haven sempre foi fazer o trabalho com muito muito muito AMOR, tanto é que um dos nossos slogans “Love the Green” sugere isso o tempo todo. Nós amamos o que fazemos e vendemos a alegria, por isso o AMOR é a palavra de ordem dentro da nossa empresa.“, conta Vinícius.
O começo foi bem difícil, como é para todo mundo. Muito trabalho, teve que aprender a fazer tudo na parte administrativa, e continua aprendendo até hoje.
Mas o trabalho duro rendeu, e os resultados vieram muito rápido e continuam vindo até hoje. Logo no segundo ano de casa, ganharam o prêmio de melhor Hostel do Brasil e melhor Hostel da América Latina pelo Hostelworld, e alguns outros prêmios e certificados de outras agências renomadas.
O Green Haven Hostel começou a sair em muitas reportagens e guias de viagens por causa da quantidade de bons reviews que conseguiram. “Ressaltando que ganhamos o Hoscar em 2015, mas ele se referia a 2014, que como todos sabem foi o ano que o Brasil mais recebeu turistas estrangeiros na História (Copa do Mundo).”
UMA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR, QUE MONTOU UM HOSTEL “INTENSO“
O green haven possui 4 sócios. “Meus 3 queridos irmãos e eu”. Vinícius foi jogador de Rugby por 20 anos e advogado por 7 anos, e hoje cuida de toda a administração e gerência. O irmão mais novo Túlio é o Arquiteto do Green Haven Hostel e cuida de todas as obras, manutenção, assim como é proprietário da Let’s Go Ubatuba. Tiago cuida da parte da segurança do Hostel e o último sócio é Mariano, o irmão mais velho, que é neurocirurgião e ajuda da maneira que pode, por causa da vida corrida que tem. “Mas ajuda!”, afirma.
“Dizemos que somos um hostel intenso, tudo no Green Haven Hostel é vivido com muita intensidade, quando fazemos festa fazemos festa de verdade, quando praticamos esportes realmente nos dedicamos aos esportes, quando descansamos, descansamos com maestria, enfim pode-se dizer que aqui é um party hostel quando tem festas, que é um beach hostel quando está tudo calmo e um sport hostel quando as atividades esportivas são realizadas.”
VINÍCIUS
O MAIOR DESAFIO: DESENVOLVER O DESTINO
Quando abriu seu hostel, Vinícius se inspirou em muitos hostels, mas principalmente no Hostel Malti, em Malta, onde foi gerente em 2011 e 2012.
Mas o principal desafio sempre foi desenvolver o destino. Ele afirma que Ubatuba é um daqueles lugares no mundo onde todos deveriam passar pelo menos uma semana na vida. Lá, existem 102 praias e 85% do município é de Mata Atlântica preservada.
Sempre foi um destino bem conhecido pelos paulistas, mas pouco conhecido pelos turistas estrangeiros, por isso o desafio no começo era trazer os estrangeiros para Ubatuba. E isso eles conseguiram com muito trabalho e AMOR.
O hostel, além de promover o destino, com atividades locais e esportivas, ainda possui um bar chamado “A Taberna do Pablito”, onde fazem eventos durante todo o ano.
Todos os sábados do ano eles fazem churrascos com free caipirinhas, muita comida e música ao vivo por R$60,00.
Algumas festas grandes são abertas ao público, como o famoso Halloween, assim como o St’. Patricks, que por sinal é no dia do aniversário do Hostel.
A TRANSIÇÃO DO “OLD SCHOOL“ PARA UM SISTEMA DE GESTÃO DE PROPRIEDADE
Mesmo com um hostel estabelecido e premiado, por muitos anos eles não utilizaram nenhum sistema de gestão.
“Passamos 4 anos fazendo tudo no esquema “old school”, papel e Google Calendar. Apesar de ser uma coisa arcaica, funcionou muito bem durante os primeiros anos, depois observamos a necessidade de trocar e começar a usar um PMS, pesquisamos muito mesmo antes de entrar no hqbeds.”
Em 2017, após concluir sua pesquisa, Vinícius optou pelo hq, e conta que sua escolha foi baseada, em primeiro lugar, porque é um sistema muito bom e extremamente completo, e em segundo lugar, porque é uma empresa brasileira.
A principal diferença que ele sente após ter mudado para o hqbeds foi a otimização do tempo de execução das atividades, mas principalmente do seu próprio tempo.
Além disso, com o hq ele conseguiu um melhor controle de entradas e saídas de tudo que passa pelo Hostel, desde guests até uma latinha de cerveja, otimizando sua gestão.
“O hq me deu uma coisa que fez toda a diferença, me deu tempo para eu fazer o que eu faço de melhor, que é cuidar dos guests com muito AMOR.”
VINÍCIUS
A TRANSIÇÃO PARA UM PMS
A transição para o sistema foi relativamente tranquila. Conta que o suporte da hq sempre ajudou em tudo, e não viram grandes dificuldades.
Para o staff, a mudança foi tranquila. O básico eles aprenderam rápido, pois é tudo auto explicativo. Já a parte administrativa demanda um pouco mais de cuidado, mas o staff não utiliza dessas ferramentas, quem utiliza mesmo é o próprio Vinícius.
Ele conta que faz uso de todas as ferramentas administrativas e controles que o hq oferece. Quanto ao atendimento recebido pelo hq, ele comenta: “Eles estão sempre abertos e escutam nossas necessidades, e sempre tentam encontrar a melhor solução para nós.”
Vinícius finaliza com uma dica para quem está pensando em se aventurar no setor:
“Receber muito bem as pessoas e fazer o seu trabalho com muito carinho. Cuide dos detalhes, eles fazem toda a diferença e principalmente tenha um PMS que realmente atenda às suas necessidades.”
O MOCHILÃO DA HQ CONTINUA!
Vamos trazer histórias reais de donos e donas de hostel do Brasil inteiro para descobrir o que aprenderam, como evoluíram e a paixão de cada um pela vida de hosteleiro. Por falar nisso, você já leu sobre o Local Hostel?
Até a próxima!