
- Karin Nisiide
- 20 de agosto de 2020
Quando se pensa em funcionamento do hostel, se pensa em todo o contrário às recomendações da realidade atual: banheiros e quartos compartilhados, salas cheias com pessoas interagindo, pessoas de diferentes culturas cozinhando em um mesmo espaço, trocando pratos e receitas, compartilhando refeições, desconhecidos se juntando para um mesmo propósito, a troca de experiências, etc. Nada é menos parecido com o “novo normal” do que o ambiente típico de um hostel.
Para muitas pessoas, hostel é sinônimo de liberdade. Encarar um colchão que mais parece tapete de ioga ou um vizinho de cama que ronca vale a pena, porque a ideia de conhecer pessoas fala mais alto.
Em tempos de pandemia, quando o distanciamento de pessoas é a regra e o contato físico é algo a ser evitado, os hostels precisam se reinventar e se adaptar, para continuar funcionando, mas sem perder o espírito agregador.
Mas quais são as formas no funcionamento do hostel sem perder a essência? Trazemos hoje algumas dicas para reestruturar o e otimizá-lo durante a flexibilização da pandemia.
Orientações no funcionamento do hostel
Em linhas gerais, hostels devem seguir as mesmas orientações para hotéis e pousadas, como reforçar os procedimentos de higienização, oferecer álcool gel, garantir que todos usem máscaras nas áreas comuns, suspender o autosserviço no café da manhã e operar com capacidade reduzida, de acordo com as orientações da sua localidade. Há lugares que proíbem quartos coletivos, e outros onde eles são permitidos, desde que o número de camas oferecidas seja diminuído.
Em muitos casos, dormitórios estão virando quartos privativos e as cozinhas comunitárias foram fechadas aos hóspedes. Alguns hóspedes reduziram a capacidade dos seus dormitórios, vendendo somente camas alternadas e mais distantes, ou retirando parte das camas dos dormitórios.
No funcionamento do hostel em relação às cozinhas, não existe uma regulamentação federal específica para essa questão, mas a maioria decidiu fechar essas áreas.
Uso da tecnologia para evitar contato físico
Existem no mercado sistemas de gerenciamento e funcionamento do hostel integrados a um check in online, uma ferramenta que permite a diminuição significativa do contato pessoal entre hóspedes e funcionários.
Ao realizar a reserva, o hóspede recebe um link, onde ele deverá preencher todas as informações pessoais, preferências de viagem, subir uma foto do seu documento, e até realizar o pagamento, inclusive do consumo local, de maneira simples e sem o contato físico com nenhum funcionário.
Alguns hostels também já utilizam o celular como chave de acesso aos quartos, através de um aplicativo. A ideia é evitar o máximo de contato possível.
Funcionamento do hostel nas áreas comuns
Algumas localidades decretaram fechamento das áreas comuns dos estabelecimentos hoteleiros. Outras, somente a redução da capacidade.
No funcionamento do hostel, piscinas, lounges, salas de jogos e demais áreas de uso comum foram proibidas durante certo tempo.
Mas agora, na flexibilização das atividades em alguns lugares, a indicação é o cuidado com o distanciamento. As mesas, cadeiras e sofás das áreas comuns devem manter um distanciamento de pelo menos 2 metros. Deverá ser tomado o cuidado de higienizar as mesas e cadeiras a cada uso.
Salas de jogos somente poderão ser utilizadas por uma família ou grupo de pessoas por vez, com a higienização total dos equipamentos a cada uso.
A piscina também deverá ter uma capacidade reduzida. Algumas localidades até indicam o uso de piscinas somente para uma mesma família ou grupo de pessoas, intercalando a utilização entre os hóspedes, o que inviabiliza seu uso para um hostel.
Informar sempre
Como cada localidade ainda possui um protocolo diferente, o mais sensato no momento é procurar conhecer as medidas que estão sendo tomadas na sua cidade e sempre deixar o hóspede informado.
Já no momento do check in, o hóspede deverá ser comunicado de todas as ações do hostel. Sinalizar as áreas comuns quanto às medidas preventivas do novo coronavírus – uso correto da máscara, práticas de higienização das mãos, uso do elevador, se for o caso, fixar cartazes informativos e instalar sinalizações visuais é uma prática que irá garantir maior adesão por parte dos usuários.
Faça uso de marcações no piso, para evitar aglomerações no balcão do check in, correntes, para sinalizar o espaço físico onde os hóspedes não devem utilizar etc.
Os protocolos adotados pelo hostel também deverão ser rigorosamente seguidos, tanto protocolos de limpeza quanto de atendimento.
Todos os envolvidos deverão estar muito bem orientados para que as medidas não sejam relaxadas e se tornem comuns.
Para mais informações, baixe o guia “Como hostels estão se estruturando para atender na pós-pandemia“.