Brick Hostel, mantendo o staff feliz e à prova de erros

BRICK HOSTEL
UM STAFF JOVEM, ENERGÉTICO – QUE PRECISA SER TREINADO
TRANSFORMANDO A CASA EM QUE CRESCERAM EM UM HOSTEL
João e Juliana Costa, dois irmãos gaúchos, de Porto Alegre, planejavam abrir um hostel para a vinda da copa do mundo de 2014.
Começaram o planejamento do hostel em 2012, e o único espaço que pensavam foi a casa em que cresceram. Uma casa da década de 1940, no bairro Rio Branco, que abrigou gerações e gerações da mesma família, e onde viveram até 2000. A localização do imóvel foi fator determinante para a viabilidade do negócio.
A casa, que era feita de tijolo maciço, deu nome ao hostel: Brick Hostel.
O imóvel passou por uma boa reforma antes de abrir. Contudo, um atraso na reforma atrasou a abertura e não conseguiram abrir a tempo para os jogos de 2014. Abriram o Brick Hostel em Novembro de 2014.
“Fomos criados com pessoas entrando e saindo, confraternizando juntas, essa é a cultura da casa. Quem está aqui dentro é família, está dentro de casa”, comenta João.
É NECESSÁRIO MAIS QUE EXPERIÊNCIA
Formado em Administração de Empresas com ênfase em Marketing pela ESPM de Porto Alegre, João já possuía vasta experiência na hospitalidade.
Antes de abrir o hostel, já havia trabalhado em hotéis “convencionais”, durante intercâmbio para os EUA. Depois disso, trabalhou em agência de viagens, mas com emissão de turistas, nunca com receptivo. Trabalhou desde agente autônomo de investimentos, passando por auxiliar de cozinha e camareiro, até agente de intercâmbios e de viagens de turismo de lazer.
O negócio hostel foi meio na esteira da área profissional que ele já tinha intimidade, que é a hospitalidade.
Mas mesmo com essa experiência, o começo do hostel, assim como o início de qualquer negócio, foi de muito aprendizado. Como não havia movimento nos primeiros meses, não havia equipe.
O hostel iniciou com João, sua irmã Juliana, a moça da limpeza e mais uma estagiária. “Como qualquer hosteleiro, a gente faz de tudo um pouco e os turnos eram dobrados. Cheguei a perder 10 kg nos primeiros 3 meses”.
João ri ao lembrar do início do hostel, e comenta que sempre fala para as pessoas que perguntam como é abrir um hostel – “Tu estás preparado pra Dieta do Hostel? Essa dá certo mas não é fácil.”
Para montar seu próprio hostel, usou alguns hostels como referência antes da abertura, mas somente após o negócio estar operando que conheceu muita gente boa do mercado e conseguiu, de fato, se inspirar.
“Tento sempre viajar dentro do Brasil e visitar a maior quantidade de hostels possível: chego ao ponto de uma viagem de 4 dias em uma cidade, dividir minha estadia em 2 hostels diferentes. Acabo sempre com mil ideias que vi em outros lugares e adaptando à realidade do Brick. Não estranhe se enxergar um maluco fotografando placas e acontecimentos nos hostels que estiver hospedado, pode ser só mais um dono de hostel”.
“Fomos criados com pessoas entrando e saindo, confraternizando juntas, essa é a cultura da casa. Quem está aqui dentro é família, está dentro de casa”.
JOÃO COSTA
ECONOMIZANDO POR TODOS OS LADOS
No início o mais complicado foi controlar os custos, afinal quando se está iniciando, conta que procuraram ter tudo sob controle, tudo redondinho. E por não ter experiência e serem muito novos, acabaram contratando fornecedores na pressa.
Depois de certo tempo, com mais bagagem, afirma ser mais fácil renovar sua cadeia de fornecimento, adaptar onde é possível, e trocar de prestadores de serviços e/ou de insumos também. “Precisamos economizar para não repassar custos para os hóspedes”.
João acredita que, assim como qualquer empresário de qualquer setor, o problema maior sempre ocorre na área de RH. São muitos funcionários para manter a operação girando, afinal, é um negócio 24 horas.
“E pela própria característica do negócio – hospedagem econômica e “não convencional” (aqui leia-se descontraída), acabamos contratando muita gente jovem para trabalhar e, em quase todas as vezes, somos o primeiro emprego dessa gurizada. Ou seja, temos uma mão de obra jovem, inquieta; logo, a rotatividade da equipe é bem alta. Os custos de treinamento acabam sendo elevados por conta disso, pois se perde muito tempo treinando as pessoas. Sorte que com o hqbeds a curva de aprendizado diminui em alguns dias, o sistema é bem mais intuitivo que o anterior.”
ADAPTANDO-SE AO PÚBLICO
Quando abriram o Brick Hostel, tinham 2 quartos privativos e 6 coletivos. Fizeram esse modelo baseado nos hostels em que se hospedavam quando viajavam. Mas quando começaram a operar, viram que 90% do seu público era de brasileiros, e que preferem curtir a atmosfera do hostel na área comum, mas na hora de dormir, preferem não dividir espaço. Então modificaram seus quartos para adaptar-se ao público.
Hoje, o hostel conta com 8 suites e um total de 42 leitos. Operam com 4 suítes privativas e 4 dormitórios coletivos. “Percebemos que estávamos com leitos ociosos – eram 40 em coletivos e 5 em privativos, e hoje temos 30 em coletivos e 12 em privativos”, conta João.
“Abri o hostel com aquela visão pré-concebida do “negocio hostel”. Achava que seria como os hostels que estava acostumado a ficar quando viajava. Não havia compreendido que quem faz o teu hostel são os teus hóspedes. Recebemos muitos estudantes de pós-graduação, gente em viagem de trabalho ou para eventos, logo, o ambiente aqui costuma ser bem sossegado. Aos finais de semana que chegam os “turistas de lazer” para conhecer a cidade, e é por isso que toda sexta e sábado rola 1 hora de caipirinha grátis, ideia “copiada” de quando fiquei no Tetris em Foz =)”.
Para complementar, oferecem uma carta de cervejas regionais muito boa, e alguns snacks “pra enganar o estômago, mas não fazemos preparo de alimentos aqui. Quando o hostel está mais lotado, fazemos noites de churrasco ou de choripán (salchipão) aqui no pátio, mas depende muito da vibe dos hóspedes no dia”. Alguns eventos são abertos e outros são apenas para hóspedes.
“Sorte que com o hqbeds a curva de aprendizado diminui em alguns dias, o sistema é bem mais intuitivo que o anterior.”
JOÃO COSTA
PORQUE USAR O HQBEDS
Antes de utilizar o hqbeds, usaram 2 outros sistemas. Logo na abertura utilizaram o qReservas por uns 3 meses, mas João conta que não os atendia como desejavam. Assim, acabaram migrando para o CLoudbeds e utilizaram por mais de 4 anos.
Decidiram pela mudança ao hqbeds porque o sistema é mais direcionado para demandas de hostels – não é um sistema de “hotel convencional” adaptado para o mercado de hostels, como a maioria dos sistemas. “Além do preço, lembrando que para operar neste segmento, qualquer centavo economizado vira lucro.”
As principais mudanças desde a utilização do hq foram o controle de estoque e sistema financeiro integrado.
Como utilizaram o sistema anterior por mais de 4 anos, João conta que a transição foi lenta. “Mas o fato da hq oferecer uma solução completa (PMS, Channel Manager, site) para o negócio é fator determinante para nos manter como cliente”.
João comenta que eles acreditavam que teriam muito problema na migração, mas dizem que o hq é “à prova” de staffs criativos. “Para acontecer algo errado na reserva de algum hóspede, quem estiver na frente do computador tem que estar muito inspirado no dia para conseguir.”
Além da facilidade do uso do sistema, João diz que a equipe do hq é bastante aberta, sempre pedem dicas e o que podem mudar. “Já passamos uma lista de ideias (haha), melhor não darem tanta abertura, se não, não paramos de enviar”.
João finaliza dizendo que o sucesso para qualquer hostel é focar no atendimento ao hóspede, mantendo a equipe sempre motivada. “Staff feliz é hóspede feliz, ter sempre isso em mente =)”.
O MOCHILÃO DA HQ CONTINUA!
Vamos trazer histórias reais de donos e donas de hostel do Brasil inteiro para descobrir o que aprenderam, como evoluíram e a paixão de cada um pela vida de hosteleiro. Por falar nisso, você já leu sobre o Local Hostel?
Até a próxima!